Sobre a força da FÉ

Em fevereiro de 2000 eu cheguei no Campus da Faculdade Batista do Rio as 6:00 da manhã. A primeira pessoa que eu esbarrei na frente do internato foi com o mancebo Diogo Rebel com 18 aninhos naquele raiar de dia. Caí de páraquedas naquele Campus sem prova de vestibular, sem matrícula, sem moradia, com pouquíssimo dinheiro. Naquele mesmo dia, a direção do Bacharelado em Música Sacra improvisou as provas de admissão e eu fiz. Fui aprovado e me encaminharam para o setor de finanças $$$ para o pagamento da minha matrícula. Lá informaram-me que eu precisava pagar a matrícula (uns 550 reais) +++ mais a mensalidade do mês de fevereiro que já estava correndo. O dinheiro que eu tinha em mãos daria para pagar somente a matrícula ou a primeira mensalidade. Optei por pagar a primeira mensalidade, pois era mais barata e sobraria um pouco de dinheiro para eu me alimentar umas duas ou 3 semanas naquele mês. E a matrícula? Meu pai estava comigo e sugeriu assinar uma promissora para pagar no "tempo de Deus". Meu pai também estava DURO, mas me falou: Deus proverá!!! Ele assinou aquele documento e entregou ao funcionário daquele setor. Recebi sinal verde para estudar naquele Campus e me encaminharam para o quarto no internato. O quarto estava com a porta quebrada para facilitar a entrada dos veteranos que aplicavam trótes após o toque de recolher. Em março arrumei um trabalho na Igreja Batista de Sumidouro e a Igreja pagou sistematicamente todas as mensalidades (aluguel e bacharelado) à partir de março de 2000. A Primeira Igreja Batista de Copacabana também foi super eficiente pagando de 2002 até dezembro de 2003. A cada final de semestre, eu precisava ir ao mesmo setor de finanças para pegar o NADA CONSTA. Fiz isto durante 8 semestres e eles diziam: Está tudo OK. Ficha limpa. E a promissora que meu pai assinou? Relaxe, Joe! Ela não consta no sistema. Alguns meses após a minha formatura em 2004, recebi uma ligação da Silvana que era secretária e ela me falou: Joe! Um funcionário encontrou um documento assinado pelo teu pai nos arquivos da FABAT. Como você já se formou, não há mais como cobrar. A culpa não foi tua; O diretor carimbou como DOCUMENTO QUITADO e pedimos para você vir aqui pegar. Eu fui lá e peguei. Perdi ela em alguma mudança que fiz. Entre 2000 e 2004, meu pai, minha mãe e meu irmão sobreviviam apenas com um salário mínimo da aposentadoria do meu pai que já estava em processo de cegueira. Minha mãe também idosa e fora de combate, lutava para se aposentar. Eles não teriam como pagar aquele valor. Quando informei à minha mãe sobre o achado do documento, ela reagiu: Eu e te pai oramos muito para Deus dar um jeito nesta promissora. A promissora sumiu e voltou para servir de testemunha. Eu não tenho mais aquele documento, mas quem tiver dúvidas da narrativa, consulte a Silvana (ela veio de Manaus para o Rio em 2001). Há exemplos de pessoas cheias de fé no Protestantismo, no Catolicismo, no Candomblé, nas religiões indígenas, etc. A fé no Sagrado não faz acepção de credo religioso. A fé é A FÉ e PRONTO. As vezes na vida, necessitamos ser calculistas e pé no chão, mas as vezes, é necessário DAR UM PASSO DE FÉ enfrentando o ESCURO QUE ILUMINA. A minha decisão de migrar para o Rio foi um passo visionário DE FÉ... E muuuuita fé. Mudei para continuar O MESMO.

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