Por acaso encontrei esta foto no facebook. Em 2004 me matriculei no Mestrado em Música Sacra na Faculdade Batista do Rio de Janeiro e os seminários eram por módulos. Acho que durava duas semanas cada módulo. Professores com doutorado vinham dos Estados Unidos e de outros Estados do Brasil para lecionar. O primeiro professor foi o Isidoro Lessa que vivia nos Estados Unidos há vários anos. Ele nos instruiu sobre administracao nas igrejas. Depois vieram outros professores excelentes. Me lembro que no módulo seguinte veio uma professora inglesa acompanhado do filho dela que era um mancebo gringo. Ela deu instrucoes sobre inglês instrumental para leitura de publicacoes. Eu e 99% da turma nao sabíamos ler em inglês. Havia apenas 3 colegas que liam mais ou menos inglês. Eu enchi o saco do mancebo gringo filho da professora pedindo ajuda para ele me ensinar. Depois a professora foi embora e decidi me matricular num curso de inglês na escola Wizard. Quando a professora regressou para concluir o módulo, eu já lia livros em inglês com facilidade. Aprender inglês era um SONHO. Em 2000 eu cheguei no Campus da Colina, me matriculei no Bacharelado em Música Sacra e logo na semana procurei cursos de inglês. Os precos eram caros e nao foi possível pagar. Eu nao tinha grana para pagar as mensalidades. Vi um cartaz no prédio de teologia informando que a Igreja Batista Memorial da Tijuca iria oferecer um curso de inglês com um gringo e a mensalidade custaria 40 reais. Me inscrevi, mas o curso foi cancelado. O sonho foi adiado por FALTA DE GRANA. Em 2004 a tal professora inglesa (nem lembro o nome dela), foi uma ESTICADORA DE HORIZONTES naquelas duas semanas iniciais. Ali mentalizei: Ou vai ou RACHA e FUI.
Quando aprendi uma segunda língua fiquei com vontade de aprender outras e fui metendo as caras.
Numa tarde qualquer, um adolescente clarinetista filho de família com grana me falou: Joe! vamos ali no Instituto Goethe no Centro do Rio de Janeiro. Eu estudo alemao lá. Fui com ele e fiquei encantado com o local tudo chic, e 3 segurancas NEGOES logo na entrada. Mentalizei que um dia estudaria lá. Perguntei a secretária Nádia na recepcao se havia bolsas de 100% e ela disse NAO. E 90%? Tambem nao. E 80%? tambem nao...e 50% tambem NAO..posteriormente, comecei estudando alemao com 20% de desconto porque eu era aluno na UFRJ. Depois consegui desconto de 40%. Depois 50%. Depois 90%. Cheguei na Alemanha em 2013 com nível B2.3.
Quem tem boca vai a ROMA.
Nao concluí o mestrado em Musica Sacra. Eu acho nenhum dos colegas tambem concluiu, devido o fechamento do curso, mas ficou um legado muito bom para mim: aprendi ler em inglês gracas a motivacao daquela professora gringa que nem sei mais o nome dela.
Cada professor que lecionou naqueles módulos, foi importante, mas sempre um MARCA muito. A professora de inglês MARCOU me para sempre.
A presenca bem humorada do Paulo Paraguassú também INESQUECÍVEL naquelas aulas. Ele ficava na porta impedindo os colegas de entrarem nas aulas. A gente chegava nas aulas, e esbarra com aquele GIGANTE SORRIDENTE na porta. Tínhamos que pagar pedágio para entrar.
Quem tiver o contato dela dê um feedback para ela sobre mim. Ela vai gostar muito.
Me lembro que o professor Apolonio Ataide me falou uma vez: "Joe! você é um GOZADOR". Foi uma ótima definicao. Gosto de contar casos e fazer humor sobre os bastidores dos Batistas.
