O „Maestro“ que NAO ERA MAESTRO

Em janeiro de 2006 cantei numa ópera no festival de verao em Curitiba. Durante os ensaios havia um professor de física que tinha um VOIZERAO; havia um viado que era delegado de policia. Nos ensaios ele era uma franga e emitia voz de bicha loca por picas duras; quando o celular tocava, ele atendia com VOZ DE MACHAO BOTA MORAL. No mesmo ensaio havia um "maestro" que era musculoso e pianista de jazz. Ele nao acertava uma entrada, falava calmo, era lento ensaiando (pegada de jabuti e tartaruga) e excitava a fúria da pianista co-repetidora que dizia nos bastidores: Este cara é um FAKE regendo-nos. Quem convidou ele? Alguns coristas que conheciam os esquemas diziam-nos: A fulana professora de Canto super poderosa aqui em Curitiba, está interessada neste profissional gesticulatrix. Ele está comendo ela. Cada ensaio era um stress nos bastidores. Muita zuacao, mas todos respeitavam as diretrizes do "Maestro" Pirocúdo. No dia do concerto, todos compareceram e a apresentacao foi realizada com sucesso. Naquela mesma noite, a soprana organizadora convidou-nos para um jantar de confraternizacao num bar elitizado em Curitiba. Todos chegaram, exceto, o maestro que apareceu posteriormente, de maos dadas com uma mulher linda e elegante. Ele foi o último que chegou e o primeiro que saiu. A soprano ficou cabisbaixa, mas manteve o papo com outros coristas bem humorados. Vida que segue. O tiro saiu pela culátra? Ainda é um Mistério. Analisando o Currículo Vitae de Frega, percebi que ele estudou de tudo em outras áreas, exceto música.

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