Racismo no cotidiano

Assisti o filme GENTE di ROMA do diretor italiano Ettore Scola. A câmera vai mostrando o cotidiano da cidade multicultural. Numa determinada cena, um negro de um país africano entra num bar e pede para usar o banheiro. O atendente (dono sei la) de pele branca diz que nao é possível porque o banheiro está com problemas, mas ele nao especificou qual o problema. Daí o negro pediu uma Coca Cola e o atendente deu após o pagamento. Enquanto o negro bebia o liquido negro, o dono papeava com outro cidadao de terno e gravata. Na cara de pau o dono do boteco pediu para o negro sair porque o servente faxineiro (rapaz) iria limpar o local. O negro saiu e o coroa e o de terninho continuaram no balcao papeando. O negro la fora bebia e observava tudo. No silencio se perguntava: Porque ele pediu para eu sair do ambiente e continuou papeando com outro arrumadinho que estava do meu lado? Fui aluno de uma professora na UFRJ e ela namorava um africano do Senegal. Ela me contou que foi a Santiago no Chile e entrou numa loja de roupas. O namorado negao cor de carvao pediu uma roupa e perguntou onde era o local para testar a roupa. A atendente branca descendente de ingleses disse que ele nao poderia trocar porque nao havia local para isso. Logo em seguida, a minha professora pele branca pediu para experimentar a roupa e a atendente disse ok. Minha professora deu um ESPORRO do Capeta na frente de todo mundo naquela atendente racista. A mulher ficou toda sem graca e deve ter se mijado nas calcas com a porrada retórica que levou. A atendente nao sacou que ambos eram namorados. O racismo que despreza uns e baba ovo de outros está presente no dia a dia de milhares de lugares, pessoas e múltiplas situacoes as vezes sutis, as vezes descaradas.

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