Quando eu era mestrando na UFRJ, um excelente professor jogou na minha cara: "Joevan! você quer demais querendo fazer um doutorado integral na Alemanha. O professor fulano de tal (pica das galáxias) se contentou em fazer um doutorado sanduíche na Alemanha, mas matriculado no Brasil". Bla bla bla blá com retórica freio de mao. E tome discursos de negatividade me subestimando. Em 2013 após 4 candidaturas consecutivas pelo DAAD (servico alemao de intercâmbio acadêmico), a comissao aprovou minha bolsa de pesquisa. A minha ex-orientadora no mestrado que redigiu carta de recomendacao em todas as aplicacoes (acreditou na minha perseveranca) falou para os professores na UFRJ quando recebi o resultado da aprovacao: O Joe CONSEGUIU. O tal professor que me subestimou me abracou e parabenizou pela conquista. Ele era um excelente professor, mas a visao de mundo dele, era limitada e elitizada. Ele enxergava Alemanha como "conquistas de super dotados/exclusividade de patricinhas e mauricinhos, jamais para estudantes com perfil BICHO DO MATO". Eu provei que sou um ser humano normal que veio do interior do Pará, mas sempre ACREDITEI muito no meu potencial. Nao venci porque sou "muito bom"; venci porque fui descobrindo possibilidades de avancar, criei situacoes para conseguir avancar e PERSEVEREI em cada objetivo em cada etapa. Agora meu objetivo é conseguir uma vaga de pesquisador no pós doutorado aqui que me possibilitará escrever um livro (4 capítulos / cerca de 150 páginas) para defender com Habilitation. Aqui na Alemanha somente Habilitado um pesquisador é elegível na concorrências pelas vagas de Professor nas Universidades. Continuarei aplicando porque os ventos sopram ao meu favor.
Foto histórica quando submeti minha Doctoral dissertation na Hochschule für Musik Carl Maria von Weber in Dresden em 7 de março de 2019.
